COISAS QUE SÓ OS BRANCOS PODEM FAZER SEM LEVAR NENHUM TIRO
Existem coisas que só os brancos podem fazer, para a própria sobrevivência, é de fundamental importância que negros e brancos tenham consciência disso.
O caso não aconteceu no Brasil, mas a localidade alteraria pouco ou nada o resulta, vale lembrar George Floyd. O direito de se manifestar pacificamente é uma pedra angular da democracia, mas para os negros, essa liberdade é limitada pelo medo de represálias policiais. Enquanto pessoas brancas podem expressar suas opiniões publicamente sem temer por suas vidas, a experiência negra é bem diferente, marcada pela repressão violenta em manifestações pacíficas. Esta disparidade de tratamento põe em destaque as profundas raízes do racismo sistêmico e destaca a urgência de reformas substanciais no sistema policial para assegurar que todos os cidadãos possam exercer seus direitos sem temer pela própria segurança.
O privilégio de ser branco, a existência desse privilégio se manifesta de maneira ainda mais gritante quando consideramos situações corriqueiras do dia a dia, como correr, fazer compras ou em aeroportos. Até mesmo quando brancos são encontrados portando objetos ou substâncias suspeitas, a abordagem policial tende a ser menos agressiva, com menos propensão a escaladas violentas. Em contrapartida, casos documentados demonstram que indivíduos negros, nas mesmas circunstâncias, são mais propensos a serem alvejados pela polícia. Este padrão alarmante destaca a necessidade de uma revisão urgente das práticas policiais, visando eliminar o viés racial que coloca vidas negras em risco.
Como homem negro, não pude deixar de traçar um paralelo, “e se as manifestantes fossem negras”, será que estariam vivas neste momento? No contexto atual, é crucial analisar as disparidades no tratamento policial entre pessoas brancas e negras. O privilégio branco, onde indivíduos brancos podem realizar atividades cotidianas sem o medo constante de sofrerem violência policial. Este desequilíbrio sistêmico coloca em evidência a urgência de reavaliar o Estado democrático de direito, e igualdade entre os homens e tantos outros “direitos humanos”, que só se destinam aos humanos brancos.
https://www.youtube.com/watch?v=L-fEQXOw61c
Estevão Silva: Advogado, jornalista e músico, mestre em direito médico, presidente e fundador da Associação Nacional da Advocacia Negra- ANAN. Ceo do Clã da Negritude, diretor do Sindicato dos Advogados e Advogadas do Estado de São Paulo- SASP, secretário da comissão de Bioética e direito médico da OAB/SP Seccional Pinheiros. Escritor, palestrante e colunista nas áreas de discriminação racial, diversidade & inclusão e ESG.
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