UMA MULHER TENTOU FURTAR MACARRÃO E REFRIGERANTE, A OUTRA ROUBOU R$ 1 MILHÃO.QUAL FOI PRESA?
Isso nos engessa de uma maneira inexplicável… Quando estudava Ciências Sociais na Unesp cerca de 2006 um estudante do curso de filosofia pegou uma lata de sardinha no mercadinho da esquina, foi preso, humilhado e ainda proibido de circular perto do estabelecimento. Em outra ocasião eu e uma amiga negra fizemos parte da comissão de formatura na mesma universidade, a empresa mandou assinarmos com urgência o contrato, eu me recusei, pois achei estranho a forma como cobravam agilidade e comuniquei ao grupo de estudantes que eu não assinaria o contrato, então a outra amiga assinou, e a empresa fugiu com o dinheiro. A amiga que era negra e com um tom claro de pele foi cobrada e vista como suspeita e eu… Pasmem… Fui questionada quanto saber das intenções da empresa. A branquitude é suja e nefasta… Não reconhece as nossas expertises e mais que isso, transforma o roubo, mal caratismo branco em um problema para nós pretos. Depois desse episódio, nunca mais me envolvi em formações burocráticas com essa gente, principalmente em universidades.
Sinceramente, espaços que convivemos e compartilhamos com brancos é sempre muito inseguro e ameaçador para nós negros. Tenho a sensação de que permanecer na universidade é caminhar junto com o inimigo e permanecer em estado de alerta a todo momento… Sei que muita gente se sente confortável dentro das instituições universitárias, mas tenho certeza que esses que sentam nas poltronas e acomodam os pés como querem, não são pretos. As redes negras dentro da universidade nos blindam e garantem a nossa permanência, mas ainda são insuficientes para coibir a ação nefasta da branquitude que age severamente com o nosso povo que NUNCA pode pisar em falso.
Lembrete: Os comentários não representam a opinião do Clã da Negritude; a responsabilidade é do autor da mensagem.